quinta-feira, 2 de março de 2017

Montenegro - De Cidade dormitório à Cidade Túmulo.

Pense no Purgatório. É Montenegro em final de Semana à noite, pra jovens de 19 a 30 anos.
A melhor fase da vida. Hormônios a milhão. Tesão de viver. Construir um futuro. Se divertir. Conhecer gente. Namorar.
Consenso: Cidade que ferve nas noites de finais de semanas, com jovens embelezando e energizando ambientes públicos, cheios de opções de barzinhos, casas noturnas e pontos de encontro, investe no seu Futuro.
Montenegro está na contramão.


Cidade possui boas opções de Restaurantes. Almoço para todos os públicos, Jantar para  bolsos privilegiados e pessoas de meia idade.
Carência aparece no quesito necessidades do público jovem.
Resultado catastrófico:
Criançada busca alternativas de lazer em Cidades Vizinhas.
Inevitável acontece. Meninos e Meninas Ibiás, atraídos por opções mais interessantes ou por construirem relações de afeto no além Pontes do Caí, deixam a Cidade, na idade mais produtiva, partindo para constituir família ou investir em carreira profissional.
Fenômeno Migratório acelerado, desapercebido por Autoridades, interessadas em picuinhas ou defender interesses de grupos.
Jovem Montenegrino ao fincar raízes, tem como opção engordar, de tanto comer cachorro quente ou estourar o fígado bebendo todas. Muito pouco pra quem tem uma mudo à disposição.
Impressionante a falta de visão. Mercado aberto para criatividade e insistem nas mesmas receitas.
A cômoda postura do copiar ideias que deram certo.
Abriu? Bombou? Em meses abrem  trinta iguais, pra se matar em concorrência por menor preço, em detrimento à qualidade...
Administradores com parcela de culpa, mas o pedreiro responsável por construir é o Cidadão.
Montenegrino jamais será crucificado. Vive de braços cruzados, esperando que outros façam.
Consumidor jovem implora oportunidade de gastar, em troca de diversão.
Se bater  uma lata, Bloco do "Vamu Nessa" cresce, mas insistem em comprar enlatados.


Ledo engano crer na criação de empregos com bons salários, como solução para o êxodo.
Jovem, além de ganhar bem, almeja qualidade no gastar.
Se alguém quiser encontrar nossa gurizada, vá pra  Porto Alegre, Santa Cruz, São Leopoldo, Rio, São Paulo, sem esquecer determinados Países.
Mão de obra a serviço de quem investe na renovação, criando nicho para uma população em constante borbulhar.
A cada choro de pós tapa na bunda, numa maternidade, se acende um lamparina de Futuro promissor.
Conceituar a Indiazinha do Vale de Cidade Dormitório, no mínimo uma agressão ao bom senso.
Montenegro envelhece, por expulsar seus jovens, não lhes dando razões palpáveis pra não saírem.
Montenegro, Cidade Túmulo.
Ciclo homeopático e duradouro.
Nascer. Crescer. Descobrir-se ilhado, tendo um Mundo lá fora. Sair. Construir Cidade dos outros. Envelhecer. Aposentar e voltar pra morrer.
A continuar, em poucas décadas, teremos uma nova atração turística no País.
O maior Asilo a Céu Aberto, repleto de galpões comerciais vazios, por total falência do Comércio, devido a falta de consumidores.

Terra de Coronéis felizes, por serem os Senhores absolutos, de uma Rincão em Ruínas.

Último a sair, apagues as luzes, se reumatismo assim o permitir.

Só a lamentar.

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